terça-feira, 21 de junho de 2011

Revista Negócios da Região - Coluna sobre Florestas e Agroflorestas #2


Já esta circulando a nova edição da Revista Negócios da Região, que levanta na edição de junho questionamentos acerca do Novo Código Florestal e as consequencias que este pode acarretar nos sistemas de produção agrícolas brasileiro, assim como seus impactos e repercussão no meio urbano. Nesta edição esta veiculado meu segundo artigo escrito para esta revista, que trata de temas gerenciais relevantes ao empreendimento agropecuário, assim como trata de alternativas para produzirmos de maneira plena e equilibrada. Segue a sugestão de leitura.

  
AGRICULTURA EQUILIBRADA - 
Exploração Absoluta de Áreas de Produção

Segundo dados divulgados por pesquisa encomendada pela União Européia, a economia global perdeu mais dinheiro com o desaparecimento das florestas naturais do que com a crise financeira de 2009, algo em torno de cinco trilhões de dólares. Nesse valor estariam incluídos serviços ambientais prestados pelas florestas naturais como à manutenção da qualidade de corpos de água, regulação climática, manutenção de biodiversidade, além de todo potencial educacional, turístico e de pesquisa.
De maneira paralela, podemos constatar que temos no Brasil aproximadamente 140 milhões de hectares de pastagens em algum nível de degradação, ou seja, 85% das pastagens nacionais, uma área equivalente ao Estado do Amazonas. Destes, podemos dizer que 40% estão totalmente degradados, ou seja, praticamente improdutivos. Desta maneira, podemos inferir que o incremento quantitativo da produção nacional não deve ser baseado na expansão da fronteira agrícola sobre áreas de florestas naturais, mas sim no aumento de produtividade de áreas agrícolas já consolidadas.
A mudança deste cenário deverá ser pautada principalmente na aplicação de conceitos de fertilidade de solos e nutrição vegetal. Um recurso básico, como análise química de solos, desde que bem conduzida e explorada, pode ser um ponto de partida para que se tenha um ambiente produtivo equilibrado, com produção vegetal, de qualquer natureza, altamente rentável. Assim, é possível afirmar, por exemplo, que se 20% das pastagens brasileiras estivessem em seu pleno potencial, teriam a mesma produção que temos em 100% de nossas pastagens atuais. Conceitos assim podem ser aplicados a praticamente qualquer tipo de cultivo vegetal.
As áreas de produção brasileiras são muitas vezes subexploradas, sem contar que nem sempre insumos são usados da maneira mais eficiente e racional. Isto acarreta em gastos mal aplicados, um sistema produtivo desequilibrado e retornos insatisfatórios. Recursos, naturais e tecnológicos, possuímos para mudar este cenário. Só cabe a nós otimizarmos todo o potencial produtivo que possuímos em um país que está cada vez mais precisando desta mudança.


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